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UFPE lamenta falecimento do professor e músico Edson Bandeira de Mello
Ele foi um dos fundadores do curso de Música da UFPE
A UFPE e, em especial, o Departamento de Música e o Núcleo de Televisão e Rádios Universitárias (NTVRU) lamentam o falecimento do professor aposentado Edson Magalhães Bandeira de Mello, aos 88 anos, ocorrido na sexta-feira (4). Um dos fundadores do curso de Música da então Universidade do Recife (hoje UFPE), ao lado de Elyanna Caldas, Josefina Aguiar, Arlinda Rocha e padre Jayme Diniz, ele atuou como docente na UFPE de 1960 até 1989. Seu corpo foi cremado no Cemitério Morada da Paz no domingo (6).
Natural de Muriaé (MG), Edson Bandeira de Mello começou a estudar música aos quatro anos com sua mãe, também pianista e professora. Ao regressar da Europa, onde morou por cinco anos (1952-1957) sendo aluno bolsista do governo francês no Conservatório Nacional de Música, foi convidado a criar o curso do Ciclo Superior de Piano e o de Teoria Musical do curso de Música da Escola de Belas Artes da Universidade do Recife (hoje UFPE), onde posteriormente ocupou o cargo de chefe do Departamento de Música por inúmeros anos. Também foi professor fundador do curso de Comunicação Social da Universidade, além de professor do Ginásio de Aplicação (hoje Colégio de Aplicação) da então Faculdade de Filosofia da UFPE.
Edson Bandeira de Mello ministrou disciplinas de música como Piano, Teoria, Solfejo, Harmonia, Pedagogia aplicada à Música e Estética. Já nos cursos de Comunicação Social, lecionou Expressão Plástica e Musical, Produção e Emissão em TV e Televisão I.
Foi diretor cultural da TV Universitária (canal 11.1) de 1972 a 1974, coordenador de estágio de estudantes do núcleo de TV e Rádio em 1975, produtor e realizador de programas culturais para a TVU de 1970 a 1973, diretor geral do Núcleo de TV e Rádios Universitárias (NTVRU) e diretor cultural da Fundação Cecosne-Recife por dois períodos consecutivos de 1975 a 1978. Recebeu diversas honrarias ao longo da vida pelas atividades na Música e na Comunicação. Paralelamente, foi também coordenador de Comunicação Social da Fundação Hemope, mudando sua identidade visual e inovando campanhas para doação de sangue. Dedicou-se por dez anos a este trabalho.
O professor Antonio Nigro, que ministra a disciplina de Piano na UFPE e foi seu discípulo no departamento e escreve um livro sobre ele, destaca “seu legado como professor de piano e multiplicador é, no momento, imensurável e nós, seus alunos, lamentamos a perda do grande mestre. Aquele que nos ensinou a amar, respeitar e principalmente, disseminar a música pianística em nosso país”. “Tenho a certeza que seus alunos deixarão vívida a sua arte que há de permanecer e crescer, levando o Brasil ao patamar da mais alta arte, a arte de tocar piano”, disse o docente.
Para a professora Adélia Bandeira de Mello, do Departamento de Comunicação Social, com quem foi casado durante 47 anos, “ele fez concertos no.Brasil e no.exterior, mas a docência sempre estava acima de tudo.Era a sua paixão.e a sua realização”.